Materia feita na data de 10/09/2024, Autor: Leonardo Silva
Ola Galera. Se tem um gênero de jogo que é fácil de gostar, com certeza é o Metroidvania, que na verdade, como você já deve saber é um subgênero originário de outros dois jogos, Metroid e Castlevania, dois jogos de aventura e plataforma, sendo o o primeiro com forte elementos de exploração. Hoje vamos falar sobre um game lançado 9 anos atrás (como o tempo passa rápido), chamado Axiom Verge, um game indie, desenvolvido pela "Thomas Happ Games", saindo para várias plataformas no primeiro semestre de 2015.
Axiom Verge é inspirado diretamente na série de games Metroid, e isso não precisa fazer pesquisa alguma para notar, basta verificar a ambientação claustrofóbica, os tipos de inimigo, que em sua maioria, são de baixo / médio porte e com a aparecia alienígena. Além de tudo isso, com poucos passos, já pegamos nosso primeiro power up, que é a arma que vai nos acompanhar por todo o jogo, e daí percebemos que power ups aparecem constantemente, assim como em metroid, e boa parte é crucial para avançarmos no jogo.
A história
Axioma é uma palavra que significa “verdade inquestionável”, verdade tão aceita que não se precisaria ir além dela. Um axioma é usado para partisse do principio de uma explicação, sendo uma das poucas certezas que se tem, e daí, partir para o restante do conhecimento. Também pode se traduzir como postulado. É mais ou menos o contexto inicial do jogo, quando começamos com nosso protagonista e ele se depara com um mundo novo cheio de regras predefinidas, onde cabe a ele passar a entender o que está acontecendo com aquele mundo, como ele veio parar ali e qual seu papel dentro daquele contexto.
Axiom Verge começa com imagens de um laboratório e uma grande explosão, logo em seguida é mostrado nosso personagem deitado em uma especie de grande receptáculo metálica, desorientado e sendo chamado pelo seu nome, Trace, por uma voz feminina. Essa voz pede para que ele se dirija para a sala ao lado, onde "tem armas", e daí pra frente começamos a controlar nosso protagonista, pegamos a arma e saímos explorando o mapa. A voz que fala conosco parece estar fraca, mas fica constantemente nos auxiliando no que fazer. Ao longo do gameplay, Trace descobre que seu nome é Elsenova, consegue encontrá-la, descobrindo que se trata de uma forma de vida que se caracteriza, a principio por ser uma "grande cabeça metálica".
Ao longo do jogo, descobrimos que esse mundo se chama "Sudra", que Elsenova faz parte de uma raça chamada Rusalka e que existem mais como ela por esse mundo. Descobrimos também que em algum momento da história de Sudra, um ser chamado "Athetos" chega e espalha um patógeno que acaba eliminando a vida dos sudranos, deixando apenas como sobreviventes Elsenova e os da sua raça, por isso apenas encontramos formas de vida sem inteligencia que apenas atacam e criaturas que aparecem estar subjugada ao controle de alguém. A medida que encontramos novas Rusalkis, vamos descobrindo mais sobre a trama, fora documentações sobre a história de Sudra e outros itens mais. Essas Rusalkis estão muito debilitadas e ao longo do jogo conseguimos liberar alguns drones de reparo para repará-las. Descobrindo toda a verdade por trás dos acontecimentos que os levaram até Sudra, ao final, Trace tem que encarar Athetos com a ajuda de Elsenova e assim livrar Sudra e voltar para casa.
Jogabilidade
Como dito no começo, Axiom Verge lembra muito Metroid, por ser um Run n’ Gun (correr e atirar) e pelos seus elementos explorativos. Nosso personagem corre o tempo inteiro, abaixa, pode atirar em todas as direções, podemos travar o personagem para que, por exemplo, ao colocarmos na diagonal baixo / esquerda, ele atire parado e não saia atirando nessa posição ao mesmo tempo em que corre. Temos uma variedade enorme de itens, alguns bem incomuns, ao menos se compararmos com a maioria dos games, tais como uma brochadeira, passando por um jaleco e indo até um pequeno drone que controlamos para acessarmos áreas que um homem adulto não pode passar. O visual é pixelado, lembrando os games do saudoso nintendinho, no entanto, esse estilo visual é adotado mais por escolha do que por necessidade, algo que também acontece com os efeitos sonoros do jogo, mas não com a trilha sonora, que é espetacular e envolve o jogo numa atmosfera sci fi incrível.
O jogo consegue manter também uma vibe de isolação, onde em alguns cenários, o personagem tem que fazer uma longa caminhada (com alguns obstáculos, é claro) em cenário aberto, tendo alguns cenários até mesmo efeito de "zoom out", principalmente em alguns boss, fazendo com que nosso personagem, que já é pequeno naturalmente em relação ao jogo, fique menor ainda, denotando o tamanho do cenário que ele está ou o tamanho do chefe da área.
Impressões finais
Axiom Verge é um metroidvania que te prende do começo ao fim e posso dizer sem exagerar que é um dos melhores que já joguei até hoje. O jogo tem muitos caminhos para explorar e deixa evidente logo no começo que vai ter muita coisa que você não vai poder acessar logo de cara, tendo que voltar depois, sendo que algumas poucas passagens fechadas vão te fazer voltar quase que o caminho inteiro.
O mapa é essencialmente muito vasto, mas em nenhum momento se torna enfadonho, pois não demoramos muito para encontrar upgrades, o que acaba nos encorajando a procurar sempre um pouco mais quando achamos que estamos empacados em uma determinada parte, e de fato, boa parte dos upgrade no garante explorar algo novo. Aliás, tanto novos caminhos quanto descobrir mais e mais sobre o enredo, nos dá impulso para continuar jogando.
O jogo já vem com a opção de idioma Português - Brasil. Já foi lançado Axiom Verge 2, em agosto de 2022, mas apesar de também ser metroidvania, já não segue a mesma formula Run n’ Gun do primeiro e também não tem power ups aparecendo a todo momento, pelo menos não da mesma forma, no entanto, também é um jogo muito bom e iremos escrever sobre ele em breve
Boa Jogatina.