Materia feita na data de 26/03/2020, Autor: Leonardo Silva
Pela década de 90, os jogos de luta tomavam cada vez mais conta dos fliperamas, um estilo de jogo desafiador, divertido e que apesar de ter dois controles nas maquinas, permitia que apenas continuasse jogando. Era comum chegarmos em uma casa de jogos e vermos filas para os jogadores colocarem suas fichas e desafiarem o oponente para um contra, fazendo assim a alegria do tiozão dono do fliper. Esse entusiasmo era ainda maior quando chegava um maquina nova, fazendo com que os jogadores se comportassem como se fossem formigas em cima do açucareiro. Cada jogo nessa época trazia um ou outro elemento diferente, geralmente tinham sprites coloridos, ricos e chamativos, aproveitando bem a tecnologia disponível na época. Muitos desses jogos continuam vivos até hoje, ganhando versões novas para os consoles atuais com disputas online, onde os competidores geralmente tem graus altíssimos de desempenho.
Hoje vamos mostrar nossa lista com os 8 melhores jogos de luta dos fliperamas. Não é uma tarefa fácil, pois escolher dentre tantos títulos marcantes apenas 8 pode parecer injusto com os outros tantos que ficaram de fora, no entanto, listas são sempre assim mesmo. Quanto aos jogos que pertencem a uma franquia especifica, ficamos tentados a considerar o jogo mais significante para a série, no entanto, como o próprio nome da matéria fala, optamos por colocar aquele que era mais divertido a agregava mais número de jogadores. Esperamos que você se divirta.
8º Lugar:
Killer Instinct
Seguindo a linha de Mortal Kombat, vinha aos arcades em 1994, Killer Instinct, trazendo muito do que MK trazia, ou seja, violência, porradaria e gore, muito gore, traduzido em suas finalizações, aqui chamados de No Mercy. Killer Instinct foi um game produzido pela empresa Rare, que ganhou destaque pela criação de um dos clássicos absolutos do Super Nintendo, Donkey Kong Country, conhecido pela qualidade, jogabilidade, e principalmente seus gráficos estonteantes para a época. Killer Instinct, assim como Donkey Kong, usava uma técnica muito inovadora que eram os gráficos pré-renderizados, quer dizer, eram gráficos e sprites 3D, feitos em computadores muito mais potentes do que os dos arcades e consoles caseiros da época. Nesses computadores eram feitos todos os cenários, personagens e recursos que o jogo iria precisar, e depois eram colocados e montados como imagens, e assim ocupavam menos espaço em memória, evitando também consumo do processador e outros recursos mais que inviabilizariam o produto final. Killer Instinct se passa num futuro devastado e liderado por grandes corporações, sendo a principal delas a Ultratec. A Ultratec domina o mundo com o desenvolvimento de armas e é a responsavel por um grande torneio conhecido como Killer Instinct, usado pela mesma para entreter as massas e também colocar seus experimentos tecnológicos de guerra em prática.
O que levou a entrar na lista
Killer Instinct foi um grande game de luta, que marcou época nos fliperamas principalmente pela qualidade dos gráficas já citados, contrastando com os sprites tirados de imagens gravadas de movimentos vindos de mortal kombat. Outro ponto fortíssimo nesse game é o seu modo combos, que podem ser pequenos ou podem ficar bastante grandes, pois ele permite conectar golpes de comando com sequencias de botões pré-definidas, podendo ser repetidas certa quantidade de vezes tornando o combo muito extenso. Ao final do combo, podíamos escutar a voz do locutor informando que tipo de combo tinha acontecido. Pelo show tecnológico, pelas inovações nos combos entre outros, Killer Instinct está em nosso oitavo lugar.
7º Lugar:
Tekken 3
Tekken 3 vem em nosso sétimo lugar, representando a franquia de jogos Tekken, uma das pioneiras em jogos 3D nos fliperamas. Tekken 3 é considerado por muitos como o melhor jogo da franquia, tanto nos gráficos quanto na jogabilidade. Em Tekken podemos constatar que os graficos dos personagens estão bem mais bonitos que em seus os antecessores, arredondando um pouco mais os polígonos, e assim, conseguindo dar mais detalhes as os lutadores. Como falado, a jogabilidade também deu uma boa melhorada, com combos mais extensos, velocidade maior e recuperação mais rápida quando o personagem está no chão. Mantendo a tradição, Tekken 3 também trás uma cambada de personagens secretos que são desbloqueados assim que finalizamos o jogo com os originais. Tekken 3 se passa 15 anos após os eventos do segundo game. O velho Heihachi reassumi a liderança da grande corporação Mishima Zaibatsu após ter matado seu filho, Kazuya Mishima. Episódios estranhos começam a acontecer no México e Heihachi envia seu grupo para-militar, a Tekken Force, para ir verificar o que está acontecendo. Sua equipe é dizimada e ele acaba sabendo que uma criatura, chamada Ogre, equiparada a um deus, foi a responsável por isso. Pouco tempo depois, um jovem chamado Jin Kazama, vai ao encontro de Heihachi alegando ser seu neto, filho de Jun Kazama e Kazuya Mishima. Ele pede para que seu avô o treine para que ele possa derrotar Ogre, ao qual ele acredita ter matado sua mãe. Quatro anos mais tarde, após concluir o treinamento do neto, Heihachi decide fazer um novo torneio do Iron Fist (punho de ferro), com o intuito de atrair Ogre, colocando seu neto como isca.
O que levou a entrar na lista
A série Tekken foi uma das responsáveis pela entrada na era dos jogos 3D, junto com outros grandes títulos. Tekken se destaca das outras por durar até hoje, estando na sua sétima versão atualmente. Tekken 3 entrou para a lista por conta de seus avanços com relação aos outros dois anteriores e seu carisma com relação aos fãs. Um dos fatores que alavancou a popularidade desse game foi o seu lançamento para o Playstation, inclusive tendo vários jogadores que acabaram apenas conhecendo a versão do play mesmo. Muito do Tekken 3 foi aproveitado nos jogos posteriores da franquia, com muito sucesso até, no entanto, os fliperamas já estavam no comecinho do seu fim, e apesar de serem melhores graficamente, terem melhorias em jogabilidade, não pegaram o mesmo carisma que o terceiro.
6º Lugar:
Samurai Shodown 2
Samurai Shodown 2 chegou para os arcades em novembro de 1994 e é o segundo jogo da série homônima (não me diga), conhecida no Japão como Samurai Spirit. Samurai Shodown 2, ou apenas Samurai 2 para os íntimos, é um jogo de luta que traz uma dinâmica diferente da maioria dos outros jogos do gênero da época, contrastando com os outros jogos de luta pelo fato das lutas se sucederem com armas, mudando drasticamente o tipo de gameplay, que aqui, consistem mais em golpear o adversário no momento certo, e assim, causar o maior dando possível em seu oponente, do que correr, pular em cima e fazer combo em seu oponente. Golpes dados no momento errado, ou sendo defendidos, podem causar a abertura da guarda, permitindo que o oponente aproveite a brecha e cause um dano enorme em seu contra ataque. Aqui é possível fazer combos, mas como afirmado a pouco, essa não é exatamente a essência das batalhas do jogo em comparação a outros games que permitem combos extensos e cheios de artimanhas, até mesmo porquê qualquer golpe relativamente simples em Samurai Shodown costuma tirar bastante sangue.
Apesar do título, nem todos os lutadores são de fatos samurais, mas sim, tem o “espirito” samurai, agregando vários estilos de luta envolvendo armas, o contexto histórico da época, e estilos e contexto de povos contemporâneos. Cronologicamente, Samurai 2 acontece em 1789, dois anos depois do primeiro jogo da série (1787). Após o segundo, a SNK resolveu aproveitar contexto dos dois jogos e introduzir samurai 3 e 4 no ínterim de tempo entre eles, o que acaba gerando uma confusão quanto a cronologia da série (deixa perfeita para futuras matérias nossas). Em Samurai Shodown 2, Ambrosia, o deus do mundo dos demônios, que estava por trás de Amakusa, agora ressurgi fazendo um pacto com Mizuki, e essa por sua vez espalha o mal pela terra, no intuito de trazer para o nosso plano, seu mestre.
O que levou a entrar na lista
A franquia Samurai Shodown foi muito querida na época dos fliperamas e ainda é muito admirada, dado o fato da retomada da franquia em 2019. Ela entra na nossa lista, representada pelo segundo jogo da franquia, por ser um game contrastante e singular, retratando com riqueza de detalhes, esteriótipos, personagens e traços dos vários estilos de luta da época. Com certeza, nenhuma outra franquia de jogo de luta retratou tão bem lutas com espadas como Samurai Shodown. Samurai Shodown 2 foi um grande avanço em relação ao primeiro jogo da franquia, trazendo golpes especiais, mais personagens e melhores gráficos, um show de tecnologia, sendo o preferido da franquia por muitos, solidificando ainda mais a história e abrindo ainda mais espaço para que mais jogos da franquia fossem feitos.
5º Lugar:
Art Of Fighting 2
Art Of Fighting 2 foi um jogo produzido pela SNK em fevereiro de 1994, uma sequencia direta do primeiro game. AoF 2 não trás mais um “modo história” como seu predecessor, e por isso mesmo, não tem mais a limitação de poder escolher apenas entre dois lutadores com os mesmos movesets. Art of Fighting 2 trás disponível, tanto nas lutas contra a CPU, como também nas batalhas contra um segundo player, os 9 personagens anteriores (seriam 10, mas Ryuhaku Todoh ficou de fora), mais 3 novos (Temjin, Yuri Sakazki e Eiji Kisaragi), totalizando 12. O jogo não trás mecânicas novas, no entanto, as lutas ficaram mais dinâmicas do que no anterior, os golpes tiram menos dano, trazendo assim mais equilíbrio para as partidas, e são um pouco mais fáceis de executar. O foco do game continua a não ser a facilidade em dar sequencias de golpes causando combos, mas sim, utilizar os golpes no momento certo e racioná-los bem, pois os mesmo são finitos e precisa-se carregar a barra de espirito para que se possa usá-los novamente. Os sprites não são os mesmos, mas seguem o mesmo estilo, e, um dos pontos fortes desses sprites, que são as animações das roupas dos personagens estourando, caso eles sejam vencidos por alguma “magia”, continuam, e com maior quantidade. Os eventos de Art Of Fighting 2 são continuações do seu antecessor, sendo revelado que Mister Karate era na verdade o pai de Yuri e de Ryo, e agora está disponível, sem mascara e com moveset levemente modificado. Yuri Sakazaki entra no game, e dessa vez é pra bater também. Todos os lutadores do jogo entram num torneio convocado pelo mais recente grande chefe do crime, Geese Howard, que continua a espreitar tudo, deixando seu testa de ferro, Mister Big.
O que levou a entrar na lista
A série Art Of Fighting é uma das grandes franquias da SNK, que juntamente com outros, deu origem a The King Of Fighters. Art Of Fighting 2 entrou para a nossa lista por ser o mais significativo da série. É uma evolução natural do AoF 1. AoF 3 também foi um bom jogo, no entanto, apesar de conter sprites melhorados, e sequencias pré definidas, infelizmente não obteve carisma suficiente para que pudesse atrair a atenção dos jogadores na época. Art Of Fighting 2 mantêm o clima retrô que tanto caracteriza a série além de tudo, finalmente trás o ponto que o interliga a outra grande franquia da SNK, Fatal Fury, que é o grande vilão Geese Howard.
4º Lugar:
Real Bout Fatal Fury
Real Bout Fatal Fury chega aos fliperamas em janeiro de 1996. É mais um jogo da série Fatal Fury, e é uma continuação direta de Fatal Fury 3. Real Bout Fatal Fury é um jogo muito bonito graficamente, aproveitando os sprites do Fatal Fury 3, trazendo novas animações de golpes, poses de vitória e cenários novos. Sua jogabilidade melhora bastante, sendo acrescentados alguns combos pré montados. Real Bout Fatal Fury mantêm os esquema de planos laterais, que são a “marca registrada” da franquia, e nesse game também temos dois planos laterais assim como no FF 3. Esses planos davam muita mobilidade para que o lutador pudesse se locomover para a frente ou para trás e escapar de golpes e ainda serviam para executar e complementar combos. A história de RBFF não trás nada de novo, sendo apenas uma sequencia dos eventos do Fatal Fury 3. Geese Howard consegue os pergaminhos mas aparentemente eles não tem efeito nenhum. De qualquer forma, Geese se estabelece como maior lutador de todos e retorna organizando novamente o torneiro The King Of Fighters (como muitos já sabem, os jogos The King Of Fighter e Fatal Fury se passam em linhas de tempo diferentes, portanto, não são exatamente o mesmo torneio).
O que levou a entrar na lista
A série Fatal Fury é sem sombra de dúvidas uma bela saga desenvolvida pela SNK, e foi concebida para ter o mesmo peso que Street Fighter tem para a Capcom, afinal seus desenvolvedores foram os mesmos. Real Bout Fatal Fury foi um novo começo para a série, pois conseguiu melhorar tudo que a série tinha feito de bom anteriormente, deixando-o muito mais competitivo, bonito e atualizado para sua época. Não é a toa que muitas e muitas vezes, os jogadores deixavam de jogar The King of Fighters para jogar Real Bout. Só pra entendermos melhor, antes de finalizar KoF 97, a SNK fez uma pesquisa no Japão, perguntando para os jogadores qual seria o trio que eles gostariam de ver no novo jogo da série, e os mesmos elegeram o trio que ficou conhecido como “Special Team” e tinha como participantes, Blue Mary, Ryuji Yamazaki e Billy Kane, ou seja, um trio inteiro tirado de RBFF, mais um trio representando a série Fatal Fury.
3º Lugar:
Ultimate Mortal Kombat 3
Ultimate Mortal Kombat 3 foi lançado em 1996 e é a atualização do MK3, que foi lançado um ano antes. Ultimate trás uma quantidade maior de personagens, tanto para serem escolhidos na tela de seleção, quanto para serem desbloqueados. MK3 e UMK3 são os responsáveis por trazerem os combos pré-definidos para a franquia, o que acabou mudando toda a dinâmica do jogo, deixando o mesmo bem mais rápido e competitivo. Além dos “Animalitys” trazidos no MK3, UMK3 trouxe também os “Brutalitys”, que eram finalizações que começavam como se fossem combos, no entanto, eram mais extensos e depois de serem executados com sucesso pelo jogador, eles eram repetidos pela maquina, levando o oponente a explodir. Ultimate Mortal Kombat 3 é apenas a atualização de Mortal Kombat 3 trazendo personagens que ficaram de fora, ou seja, os ninjas tão queridos pelo público. Sua história consiste na invasão do plano terreno pelas tropas de Shao Kahn, após este perder o segundo torneio em Outworld. Entenda um pouco mais da franquia verificando nossas matérias sobre Mortal Kombat 1 , Mortal Kombat 2 e Mortal Kombat 3.
O que levou a entrar na lista
Mortal Kombat é uma das maiorias franquias de jogos de luta de todos os tempos e foi o jogo que inaugurou o gore, de uma forma nunca vista antes nos vídeo games. Escolhermos para representar a franquia o Ultimate Mortal Kombat 3 por ser o ultimo a ter versão para arcade. Este game foi lançado como uma forma de remediar os pedidos dos fâs pelos ninjas que haviam abandonado a série, pois a mesma estava querendo optar por uma linha mais “hi-tech” com a chegada dos ciborgues Cyrax, Sektor e Smoke. Ultimate Mortal Kombat 3 trás o maior panteão de lutadores da série, contendo todos os lutadores, selecionáveis e secretos das três versões, com a exceção de Raiden, Johnny Cage e dos chefes, mais o acréscimo de Rain e Ermac.
Observação: Algumas fontes informam que existe uma versão de Mortal Kombat Trilogy para arcade, no entanto, este que vos fala, nunca viu essa tal versão nos fliperamas. Quando se procura alguma imagem ou vídeo, os mesmos acabam se tratando de alguma versão de MK Trilogy rodando em um console, tal como o Playstation, dentro de uma maquina de arcade. É possível notar isso quando aparece a tela de seleção de modo de jogo (O Torneio, modo de 4 e de 8 lutadores), onde geralmente é possível notar que existe também a opção “Options”, que são próprias dos jogos de console. Os menus de configurações dos jogos de arcade nunca eram disponíveis para os jogadores e sim, acessíveis apenas por algum botão dentro do arcade, sendo necessário abrir o mesmo para ativar e ir acessar o menu de opções na tela.
2º Lugar:
The King Of Fighters 98
Como não poderia deixar de ser, The King of Fighter está presente em nossa lista, ocupando a segunda posição na nossa lista na figura do KoF 98. The King of Fighter 98 é um dream match (disputa dos sonhos), ou seja, um jogo dentro de uma franquia, que tenta reunir os personagens mais queridos de uma franquia, sem dar muita importância para o enredo, muitas vezes nem se quer existe enredo nesse determinado game. The King Of Fighters 98 é uma sequencia não canônica do 97, e portanto, conserva algumas características do mesmo, por exemplo, antes de selecionar o seu time, você pode escolher entre os modos Extra e Advanced. Contem todos os personagens do seu antecessor, contando ainda com a adição de Vice e Mature, que formam junto a Iori, o KoF 96 Team. Outro dois times que vem para esse elenco são os “Sport Team”, time americano que estreou em KoF 94 e que contem os lutadores Lucky Glauber (jogador de basquete), Heavy D (pugilista) e Brian Battler (Futebol americano), e o “Master Team” que contem os veteranos, Takuma Sakazaki, Saisyu Kusanagi Heidern.
O que levou a entrar na lista
Com certeza você dever estar se perguntando por quê KoF 98 entrou e não entrou outro versão do game (a que eu gosto)? Bem, existem várias edições de KoF que chegara e cada uma trouxe novos personagens e/ou mecânicas novas, novos golpes, enfim, existem vários motivos para que você concorde ou discorde e tenha de fato o seu preferido. Optamos por colocar The King of Fighters 98 em nossa lista pelo seu time de lutadores, incluindo suas versões alternativas e pelo balanceamentos dos personagens, que é algo fundamental num jogo. Se formos olhar outras edições, vamos ver vantagens e desvantagens tangentes, por exemplo, KoF 97 é um dos jogos da série mais rico em história, no entanto, permite sequencias infinitas ridiculamente fáceis (quem jogava de Terry sabe muito bem do que estamos falando) , do KoF 99 para o 2001, temos bons jogos, no entanto, o sistema de strike trouxe um grau de complexidade que não foi tão bem aceito por boa parte dos jogadores e possibilitava apelações, combos absurdos e … bugs. KoF 2002 é um dos mais queridos dos jogadores, no entanto, também permite sequencias infinitas, certo que exige mais treinamento dos jogadores para isso, bem diferente do grau de simplicidade do 97, mas as infinitas estão lá. The King of Fighters 98 ainda pode ter um ou outro personagem desbalanceado, mas esse desbalanceamento só fica evidente quando vemos esse personagem nas mãos certas (ou erradas, depende do ponto de vista srsrs). Em seu total, é o jogo da série em que podemos ter um equilíbrio maior entre o jogador que sabe jogar bastante e o jogador mais casual.
1º Lugar:
Street Fighter 2 Champion Edition
E Finalmente nosso primeiro lugar, Street Fighter 2 Champion Edition, a primeira atualização do segundo game da série Street Fighter. O primeiro Street Fighter foi lançado em 1987, quando os jogos de luta ainda não tinham tanta popularidade. Era um jogo ainda bem travado em sua jogabilidade. Como inovação, trouxe os golpes de comando, movimentos que eram executados com uma combinação de movimentos específicos na alavanca e botão de soco ou de chute, mas devido a qualidade dos fliperamas na eṕoca, muitos dos elementos de Street Fighter não foram bem implementados e, apesar de fazer certo sucesso, o game não teve tanto reconhecimento quanto outros de sua época. Em 1991 veio Street Fighter 2, corrigindo varias limitações que seu antecessor tinha, mas o fez de uma forma tão singular que acabou inaugurando uma nova era para os jogos de luta. O “primeiro” Street Fighter 2 veio em fevereiro de 1991 e se chamava “Street Fighter 2: The World Warrior” sucedido por “Street Fighter 2: Champion Edition” em março do ano seguinte. Ao todo, Street Fighter 2 teve cinco versões, mas como dito, nosso primeiro lugar ficou com a versão Champion Edition e explicaremos logo a seguir o porquê, mas de um modo geral, Street Fighters 2 tem um abismo colossal entre seu antecessor e trouxe quantidade maior de cores na tela, sprites mais bonitos e bem trabalhados, mais qualidade sonora e velocidade movimentação mais realistas para os jogos de luta, tudo isso proporcionado pela nova placa de arcade conhecida como CPS1. Em Street Fighters 2, temos um torneio de luta aberto para todos os lutadores do mundo dos mais variados estilos. Esse torneio é organizado pelo ditador M. Bison, que pretende perverter a mente dos vencedores e transformá-los em soldados de sua organização denominada Shadallo. Cada personagem tem suas próprias motivações para entrar no torneio e ao final, vemos a conclusão da história do personagem escolhido.
O que levou a entrar na lista
Bem, acho difícil alguém questionar a primeira posição ser ocupada por algum game da série Street Fighter. Acredito que o questionamento maior seria o fato de ser alguma versão do Street Fighter 2 e por quê ser justamente o Champion Edition. Então vamos lá.
Como dito acima, Street Fighter 2 teve cinco versões diferentes, por isso muitos fazem comparações com os esquemas de DLCs que temos hoje em dia. De fato, era algo bem diferente para a época, ver o mesmo jogo relançado a cada ano com relativas diferenças entre si. Foram lançados de 1991 até 1994, Street Fighter 2: World Warrior, Street Fighter 2: Champion Edition, Street Fighter 2 Turbo: Hyper Fighting, Super Street Fighter 2, Super Street Fighter 2 Turbo. Street Fighter 2: World Warrior já trazia uma disparidade muito grande com relação ao seu antecessor, trazendo na tela de seleção oito personagens a disposição, que eram os personagens normais do jogo enquanto que no primeiro game da série, nem era possível escolher, ou era Ryu no primeiro player, ou era Ken no segundo. Em SF 2 World Warrior, os chefões não ficavam disponíveis e código para desbloqueio era algo que ainda não existia. Mesmo assim, já era um grande número de lutadores disponíveis. A versão Champion Edition trouxe disponíveis na tela de seleção, todos os personagens, incluindo os quatro chefes do game, Balrog, Vega, Sagat e M. Bison, totalizando 12 personagens além de trazer algumas melhorias no impacto dos golpes dos personagens, melhorando um pouco mais as possibilidade de combos. Tínhamos também uma segunda cor para o caso do segundo jogador escolher o mesmo personagem, o que no SF World Warrior, tínhamos apenas uma cor de personagem, e contra a máquina, não tínhamos uma “Mirror Match”, ou seja, você não lutava contra o mesmo que escolheu.
A cada versão que saia tínhamos mais melhorias, tanto é que em sua ultima versão, Super SF II Turbo, tínhamos um jogo com 17 lutadores, incluindo Akuma, um dos grandes personagens da série, tínhamos também os golpes especiais, aqui chamados de “Super Combos”, mais golpes para alguns personagens e mais velocidade. Mas então, por que Street Fighter: Champion Edition ficou representando a série no primeiro lugar? Bem, escolhemos o Champion Edition por ele ser basicamente um “remendo” da versão World Warrior, melhorando vários dos aspectos deste, fazendo o mesmo ficar quase que automaticamente obsoleto, tanto é que se colocado as duas maquinas próximas na eṕoca, as pessoas iriam jogar a Champion e só jogariam a World Warrior se a Champion estivesse ocupada e com fila. SF II Turbo: Hyper Fighting, trouxe adição de golpes para alguns personagens e jogabilidade mais acelerada, no entanto, se colocadas lado a lado com a Champion Edition a diferença não era gritante. Super SF II e Super SF II Turbo também eram jogos ótimos, já usavam a mais nova placa CPS2 e traziam mais quatro personagens, e ainda trazia Akuma selecionável por código no Super Turbo, no entanto, a série Street Fighter já tinha dado uma alavancada tal nos jogos de luta, que mesmo as versões “super” tendo grandiosa qualidade, elas já passavam a competir com outros grandes títulos de outras empresas e da própria Capcom. Street Fighter continuou a ser produzido com suas versões Alpha/Zero, e além, com Street Fighter 3. Fora dos arcades, Street Fighter ainda ganhou a versão 4 e 5. Champion Edition está em nosso primeiro lugar pela sua jogabilidade e seu peso dentro dos jogos de luta, sendo o inicio do “boom” dos jogos de luta.