Materia feita na data de 25/05/2020, Autor: Leonardo Silva

Uma de nossas ultimas matérias foi sobre The King Of Fighter 94, um dos jogos mais inovadores e ousados da década de 90, do qual colhemos frutos até hoje. KoF 94, para os mais íntimos, foi uma tentativa da SNK de ultrapassar qualquer outro jogo de luta da época no quesito popularidade, trazendo para o seu elenco os melhores personagens, dos seus jogos de luta mais destacados do momento, com a adição de alguns personagens que não são exatamente de jogos de luta, mas que são de jogos clássicos dos fliperamas dos anos 80, e ainda personagens exclusivos para a nova franquia. Se ficou curiosos com relação aos os jogos que fazem parte da franquia The King of Fighter, como pode ver no link, também temos matéria.

Com o sucesso de The King Of Fighter 94 e a numeração por ano, era mais do que natural que os fãs esperassem mais um game da franquia, e no ano seguinte chega aos arcades The King Of Fighters 95. Nesse game, a principal melhoria que podemos notar logo de cara é a possibilidade de podermos formular nosso próprio trio, algo sonhado pelos jogadores desde as primeiras experiências com KoF 94. Temos também mais estágios, sistema de golpes fica melhor, propiciando mais combinações de golpes que no anterior. Agora temos um tipo de salto novo que, diferente do salto tradicional, em que o lutador salta a altura de um personagem e cobre uma distancia curta de mais ou menos 2 metros, nesse salto, o personagem cobre a distancia da tela inteira, podendo atacar o adversário do outro lado da tela enquanto o mesmo solta uma fireball por exemplo. Com relação aos personagens, ouve a troca do trio americano pelo trio protagonizado por Iori Yagami (próprio da franquia), Billy Kane (Fatal Fury 1, 2 e Special) e Eiji Kisaragi (Art Of Fighting 2), falaremos mais sobre esse trio adiante.

O jogo tem um final especifico para cada trio, sendo que se o jogador editar seu próprio trio, caso consiga zerar, verá apenas um final genericoOutra coisa que mudou nesse game é que os trios não são mais denominados pela nacionalidade e sim por outras características, prevalecendo as dos jogos de origem, por exemplo, o trio mexicano agora é denominado “Art Of Fighting Team”, o italiano é denominando “Fatal Fury Team”, o antigo time inglês agora é chamado “Female Team” e etc, notoriamente ficando bem melhor de referenciar os times pré-definidos. The King Of Fighter 95 não marca apenas o seguimento da franquia, mas também o início de uma das melhores e mais marcantes sagas dentro da franquia, a saga de Orochi.

KoF 95 – Uma pequena introdução a Orochi

O jogo começa mostrando que é anunciado um novo torneio, com as mesmas regras do anterior e que os participantes do ano passado serão bem vindos. É mostrado o mesmo estilo de convite do anterior, contendo um lacre com o formato de um R, seguido pela silhueta de uma homem vestido de vermelho, ou seja Rugal sobreviveu a detonação do seu porta-aviões particular e está patrocinando o novo torneio, isso já fica subentendido para o jogador, mas os lutadores ainda não tem certeza do que irá acontecer durante o torneio. As lutas seguem normais, mas o trio americano dessa vez não dá as caras.

Em seu lugar, temos um novo trio formado por alguns lutadores já conhecidos, tais como Billy Kane, o capanga de Geese Howard, e o ninja Eiji Kisaragi, eterno desafeto da família Sakazaki e seu estilo, o Kyokugen-ryu. O terceiro membro da equipe é um total desconhecido, até então, chamado Iori Yagami, que demonstra ser grande desafeto de Kyo Kusanagi e sua família. Iori tem movimentos não semelhantes, mas equivalentes aos de Kyo e também tem controle sobre o fogo, no entanto, diferente de Kyo, suas chamas não tem a coloração comum e sim, possui a cor purpura. Outra questão bem controversa sobre esse novo participante é que o mesmo é descrito como uma pessoa que repudia a violência, apesar de participar de um torneio de lutas, mas o mais estranho é que o mesmo, além de aparentar esquecer de toda essa aversão a violência enquanto acaba com seus adversários, muitas vezes ao vencer seu oponente, cai numa risada sinistra, denotando total desprezo pelo estado em que deixou seu adversário. Tudo isso envolve Iori numa atmosfera misteriosa, dando pistas do peso em que irá ter na franquia, no entanto, o trio do mesmo não consegue chegar as finais do torneio. Ao final, em um ataque de furria e sem motivo aparente, Iori consegue, sozinho, atacar seus colegas de equipe, os deixando a beira da morte, demonstrando que ele pode chegar um nível muito grande poder.

As lutas seguem até as finais e o time dos heróis, chamado anteriormente de time do Japão vence o torneio, tendo que enfrentar seu anfitrião, até então desconhecido por eles. Antes que pudessem chegar até o ultimo desafio, eles caem numa armadilha e desmaiam por conta de um gás sonífero. Quando acordam dão de cara com Rugal, no entanto, o mesmo se encontra diferente, com um braço cibernético e sedento por vingança. Ao seu lado, além de sua inseparável pantera negra, está outra secretária, ruiva e de cabelos curtos, diferente de sua secretária anterior, que era loira e de cabelo elegantemente amarrado. Esse detalhe é bem relevante no desenrolar da saga de Orochi.

Rugal se apresenta, mas antes que o embate seguisse adiante, uma figura conhecida por Kyo e seus companheiros aparece e se coloca a frente de Rugal e contra o trio dos heróis, este é Saisyu Kusanagi, o pai de Kyo, que aparentemente sofreu uma lavagem cerebral. Pelas regras do campeonato Saisyu enfrenta Benimaru e Goro, até sobrar Kyo que consegue vencer o seu pai. Chega a vez de Rugal enfrenar Kyo, mas antes que os dois começassem a lutar, Rugal informa Kyo de que ele já não é mais o mesmo, e é portador de uma nova energia. Rugal libera essa nova força e sua aparência muda completamente, suas roupa se rasgam, ficando apenas de calça e revelando uma pele acinzentada e cabelos brancos prateados. Esse novo Rugal se auto intitula Ômega Rugal e seus golpes ficam mais rápidos e tiram mais dano. Kyo luta desenfreadamente contra ele, e também pelo ódio em ver o seu pai servindo de marionete, consegue despender altos níveis de força e suas chamas queimam como nunca.

A luta segue arduamente, Kyo parece esgotado, Rugal parece concentrar bastante energia, no entanto, o desgaste da batalha faz com que o Rugal fique exaurido rapidamente então, aparente mendo do nada, o mesmo para e passa a ser consumido pela estranha força que controlava. Rugal relata que não acredita que aquilo está acontecendo, o mesmo percebe que não lhe resta muito tempo, então, jura retornar e uma luz prateada, emanada de seu próprio corpo, o desintegra totalmente. Depois de vencer Rugal, Kyo se questiona sobre ter visto algum vulto durante a batalha, no entanto, preferem não explanar essa dúvida aos outros guardando-a para si. Iori, ao saber do acontecido, relata que aquele poder que Rugal possuía, era parte da força de Orochi e que o mesmo não conseguiu controlar e foi consumido por ela, por não fazer parte de nenhuma das famílias responsáveis por manter essa força celada, diferente dele. Por esse motivo, suas chamas são purpuras e ele compete em pé de igualdade com Kyo.