Os jogos que fazem parte da série The King Of Fighters

Os jogos que fazem parte da série The King Of Fighters

Materia feita na data de 16/10/2019, Autor: Leonardo Silva

 

The King of Fighters é um série de jogos de videogame produzida pela SNK e que foi um marco nos jogos de luta pelo seu modo de jogo inovador e pelo panteão de personagens selecionáveis, afinal, qual frequentador de fliperamas nunca se embasbacou ao ver pela primeira vez um jogo onde podíamos escolher e jogar com 3 personagens completamente diferentes entre si e poder notar que esses personagens vinham de outros jogos já bem conhecidos da mulecada?!!!!

 

The King of Fighters até hoje cativa os corações de jogadores das antigas e chama a atenção de jogadores novatos, reunindo todos em jogatinas através de maquinas conhecidas popularmente como multijogos (árcades que em vez de ter as populares placas de seus respectivos desenvolvedores, tais como Neo Geo MVS, da SNK e a CPS1, CPS2 e CPS3 da Capcom, em seu interior, tem uma placa mãe e hds de computador misturados com os aparatos do árcade) e emuladores como o Fightcade, que possibilitam jogatinas online, inclusive pelo mundo afora.

 

The King Of Fighters está atualmente em sua decima quarta versão, que infelizmente não agradou a maioria dos jogadores devido aos gráficos ficarem aquém da geração atual de videogames, a velocidade e dinâmica não serem as mesmas dos jogos da era do 2D, entre outras reclamações. Apesar de tudo, os jogos da série, principlamente os mais antigos, ainda são muito jogados pelos admiradores da série e ainda levam muitos novatos a passarem muito tempo no youtube para verificarem e tentarem aprender combos para executar em jogadas online. Mesmo aqueles que não tem muita habilidade em jogos de luta e estão engatinhando, se aventuram em jogar algum hack (jogo hackeado/modificado) feito em cima de algum dos jogos da série, tais como as versões Magic Plus que alguns adoram.

 

Mais uma vez, como mencionando acima, a série tem como uma de suas peculiaridades ser uma mistureba dos grandes jogos da SNK, lá pela primeira metade da década de 1990. A SNK era concorrente direta da Capcom nos árcades e Street Fighter II tinha sido um jogo inovador na questão de jogabilidade, pois proporcionava comandos fluidos com respostas rápidas e também um sistema simples e eficiente de combos, as tradicionais sequências de golpes que poderiam ser encaixados uns nos outros se fossem desferidos no tempo certo. A SNK tentou competir com o Street Fighter (o primeiro) e Street Fighter II com alguns bons e variados jogos, tais como Fatal Fury, Art of Fighting Samurai Shodown e outros, e até conseguiu chegar perto e passar o sucesso de Street Fighter II e suas versões em alguns momentos, mas isso não era suficiente para SNK e ela teve que apelar, daí surgiu a ideia de juntar as algumas das suas principais franquias em uma única série de games. Surgia então uma história de sucesso no mundo dos jogos, The King Of fighters

 

Hoje vamos falar um pouco dos principais games que compõem essa franquia:

 

4º Game:

Ikari Warriors

 

Diferente do que possamos pensar a primeira vista, KoF (a sigla de King of Fighters, para os íntimos) não é composta de jogos apenas de luta mano a mano e Ikari Warriors é o nosso primeiro jogo a demonstrar isso. Ikari Warriors foi um dos grandes jogos da década de 80 (ele foi feito em 86) que seguiam o esteriótipo do filme Rambo, quer dizer, um jogador atirando em tudo e em todos, pegando power ups, entrar em tanques e encarando uma jornada não tão longa, mas difícil pra caramba, que alias, era uma das características dos jogos da eṕoca, o grau de dificuldade elevado para que os jogadores passassem muito tempo perdendo e colocando mais fichas até adquirirem as habilidades necessárias para passarem pelos desafios com maior tranquilidade.

 

Ikari Warriors tinha uns controles bem peculiares, mas não novidades na época. Tínhamos dois botões, um de tiro e outro para granadas e o joystick era rotativo, quer dizer, podíamos movimentá-lo normalmente nas 8 direções com uma alavanca de árcade qualquer pode movimentar, e além disso, podíamos girar a alavanca, o que fazia com que o personagem fosse para direita mas atirasse para diagonal esquerda. Outra características em Ikari é que o jogo é bem linear e não tem fases a serem passadas. Em determinadas partes do jogo temos as bases inimigas onde passamos por um cenário um pouco mais estreito e que equivaleria a uma luta contra um chefão do jogo, logo fazendo entender que estamos evoluindo no jogo, mas fora isso não tem nenhuma informação na tela sobre estar passando de fase.

 

No game, controlamos o coronel Ralf e o segundo tenente Clark conhecidos fora do território nipônico como Paul e Vince. Ralf e Clark recebiam ordens de um comandante conhecido como Kawasaki, mas no terceiro jogo da franquia foi substituído (ou mudaram o nome de Kawasaki) pelo comandante Heidern. Os três deram as caras mais tarde na série The King of Fighters compondo o trio conhecido com Ikari Warriors Team, também conhecidos como Brazilliam Team, por conta do primeiro torneio, onde os trios eram definidos por nacionalidade (apesar de não obrigatoriamente seus membros serem daquele país). Ralf e Clark também dão as caras em outro jogo de tiro muito conhecido pela galera dos flipers, Metal Slug 6.

 

 

 

3º Game:

Psycho Solders

 

Assim como Ikari Warriors, Psycho Solders foi um dos jogos que cederam personagens para KoF e que não eram de luta. Psycho Solders é um jogo de plataforma cheio de magias e power up onde temos que quebrar paredes e enfrentar toda sorte de inimigos, tais como zumbis, dragões e um monte de coisas que não dá nem pra entender. Os power up servem para aumentar resistência, melhorar o alcance das magias que os nossos personagens soltam para atacar os inimigos e algumas vezes transformá-los em fênix, no caso de Athena do primeiro player, ou transformar em um dragão o personagem do segundo player, no caso, Kensou. Uma curiosidade bem legal desse jogo é que ele é um dos poucos dessa época a ter vozes humana durante o gameplay e podemos aproveitar isso principalmente curtindo a música cantada que acompanha o inicio do jogo.

 

Pyscho Solders saiu em 86 no Japão e foi a sequencia de outro jogo com supostamente a mesma protagonista, e que levava o nome da mesma, Athena, lançando também em 86. Nesse jogo predecessor a Psycho Solders, controlamos uma personagem que, na abertura do jogo está com um vestido vermelho e logo em seguida, começa a jornada apenas de biquíni (ótimo para o jogadores tarados japoneses) e então, conforme a jornada vai se desenrolando, nossa personagem ganha armaduras e fica mais resistente a ataques. Anos depois a SNK afirmou se tratar de duas personagens diferentes onde a segunda seria a reencarnação da primeira.

 

Como já deu pra perceber Athena Asamiya e Sie Kensou foram retirados de Psycho Solders e Chin Gentsai, o velho mestre no estilo Kung Fu bêbado, foi colocado para completar o trio. Eles fazem parte do Psycho Solders Team, ou se preferir China Team

 

 

 

 

2º Game:

Art of Fighting

 

Aqui começamos a falar de fato, dos jogos de luta que integram o universo de KoF. Vamos agora falar sobre Art of Fighting, um dos principais jogos de luta mano a mano da década de 90. Art of Fighting foi lançado em 1992 e seguia uma formula parecida com a de Street Fighter II, ou seja, lutas um contra um, em dois rounds, tendo mais um no caso de empate. No que se refere aos personagens, Art of Fighting também parecia querer seguir a trilha de Street Fighter, pois o mesmo também tinha dois protagonistas com o mesmo moveset (conjunto de movimentos/golpes), Ryo Sakazaki e Robert Garcia, além de que esse mesmo moveset era bem parecido com o conjunto de golpes dos protagonistas de Street Fighter. Outra grande semelhança entre as franquias é o visual de Ryo Sakazaki, que parece ser uma mistura de Ryu e Ken do Street Fighter.

 

Bem, ainda falando do visual, do game, boa parte das diferenças entre Art Of Fighting e Street Fighter acabam aí, pois o AoF faz questão de mostrar no visual dos personagens e nos estágios do jogo, que o game não se passa na época presente (em torno de 1992) e sim, em algum momento da década de 1970. O Cume dessa afirmação é o sub chefe do jogo, Mister Big, um grandão com bigode ao estilo Freddie Mercury, que começa o jogo com óculos Rayban e luta com dois bastões que lembram um tanto tacos de sinuca. Mais anos 70 que isso, impossível!!!!!

 

Art Of Fighting tem uma jogabilidade inovadora em muitos quesito, principalmente por apresentar uma barra de energia, chamada comumente de barra de espirito, usada para desferir golpes e magias de comando, o que na verdade ocasionava uma limitação na hora do combate, pois caso você desfira muitos golpes especiais, com fireballs, uppercuts e outros golpes de comandos, irá gastando parte dessa barra de espirito e chegando ao fim, não será possível mais soltar esses tipos de golpes, ou ao menos eles ficaram muito limitados, requerendo que essa barra seja enchida novamente segurando qualquer um dos botões. AoF também apresentava uma jogabilidade essencialmente travada, quer dizer, se você fosse dar o comando para executar uma fireball, teria que fazer alavanca pra baixo, diagonal baixo – frente, frente soco, NO INTERVALO DE TEMPO CERTO, caso contrário, mesmo executando o movimento corretamente, o golpe não sairia, se o golpe fosse dado rápido demais.

 

A franquia Art of Fighting teve apenas três jogos e os fãs da série até hoje esperam novidades. São eles, Art of Fighting, Art of Fighting 2 e Art of Fighting 3: The Path of the Warrior. Dessa franquia foram retirados vários personagens para fazerem parte panteão de personagens do KoF, tais quais, Ryo Sakasaki, Robert Garcia, Takuma Sakasaki, Yuri Sakasaki, King, Mister Big, Eiji Kisaragi e Kasumi Todoh. Esse é um dos grandes jogos da SNK e marcou a vida de muitos jogadores, portanto, merece uma matéria a parte. Em breve traremos algumas matérias dessa franquia pra vocês.

 

 

 

1º Game:

Fatal Fury

 

Fatal Fury é outra grande franquia da SNK que veio seguindo a trilha dos games de luta, que cada vez se popularizavam mais. O primeiro jogo dessa Franquia foi lançado em 1991, ou seja, veio antes de Art Of Fighting, mas cronologicamente, sua história se passa bem depois, nos dias atuais (1991 no caso). FataFury é uma franquia muito querida entre os fãs da SNK, arriscando-me a dizer que seja até mesmo mais querida que AoF, devido a atenção maior que a empresa sempre empregou nesta primeira. Fatal Fury veio na esteira do primeiro Street Fighter, aquele que quase ninguém ouviu falar, mas que na eṕoca fez certo sucesso, inclusive boa parte dos programadores que trabalharam em Fatal Fury, nessa primeira versão, também trabalharam desenvolvendo a primeira versão de Street Fighter, talvez por isso que Terry Bogard seja para a SNK o que Ryu seja para a Capcom.

 

Em Fatal Fury, podemos escolher entre três personagens, (e como podemos notar, foi algo bem corriqueiro no inicio da era dos jogos de luta, ter poucos personagens selecionáveis para se jogar contra a maquina) são eles, Terry Bogard, Andy Bogard e Joe Higashi, sendo Terry, o irmão mais velho de Andy, Joe é um amigo dos dois. Os três competem em um torneio conhecido com King Of Fighter e daí já dá pra entender de onde surgiu o nome da série de jogos que juntou os personagens das principais franquias da SNK. Os irmãos Bogard lutam para vingar a morte de seu pai pelas mãos do organizador do evento, Geese Howard, e Joe Higashi está junto para ajudá-los.

 

Fatal Fury tem uma jogabilidade mais fluida que AoF e os golpes conseguem sair com mais facilidade. Existem limitações gráficas, levando-se em conta que as placas MVC, que poderiam entregar muito mais do que foi entregue nesse game. A peculiaridade dele fica por conta de um segundo plano para as lutas, onde os personagens podem se locomover, inclusive usando essa jogabilidade a seu favor para escapar de um ataque ou atacar o adversário. Essa questão dos segundos planos da para as lutas acompanhou quase que todos os jogos da série, sendo que o último jogo da série, Garou: Mark of The Wolves, não contem essa mecânica.

 

A série Fatal Fury teve 9 jogos, sendo eles Fatal Fury: King of Fighters, Fatal Fury 2, Fatal Fury Special, Fatal Fury 3: Road to the Final Victory, Real Bout Fatal Fury, Real Bout Fatal Fury 2: The Newcomers, Real Bout Fatal Fury Special, Fatal Fury: Wild Ambition (que foi a investida da série na era 3D) e Garou: Mark of the Wolves. Os personagens retirados da série que aparecem em The King Of Fighters são Terry, Andy, Joe, Mai Shiranui, Kim Kaphwan, Billy Kane, Blue Mary, Ryuji Yamazaki, Li Xiangfei, Tizoc, Gato, Geese Howard e Wolfgang Krauser. Assim como Art of Fighting, Fatal Fury também está na lista de espera por algumas boas matérias, então se liguem que vem coisa boa por aí

 

 

 

Menção honrosa - Samurai Shodown

 

A ultima versão de The King of Fighters trouxe vários personagens a franquia, alguns novos, a maioria são velhos conhecidos e dentre esses personagens, chegou uma personagem bem querida dos jogadores antigos, seu nome é Nakoruru, vinda de Samurai Shodown, um grande game de luta lançado em 1993, onde seu principal diferencial, como o nome pode apontar, é o uso de espadas em combates. Samurai Shodown também é um game que acabou de ganhar uma nova versão chamado simplesmente de Samurai Shodown, sem numeração mesmo. Da franquia, até o momento foi aproveitado apenas Nakoruru. Por enquanto ficamos apenas na menção honrosa, mas devido a importância desse game nos jogos de luta, provavelmente iremos fazer mais algumas matérias sobre esse jogo também.

 

 

Até a Próxima !!!







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